Não dominar o próprio idioma prejudica qualquer profissional

Segundo especialista, erros de português podem impedir a pessoa se destacar no ambiente profissional


O domínio da língua portuguesa pode ser um grande diferencial para os profissionais que estão em busca de uma vaga no mercado de trabalho. As empresas prezam pela boa gramática e por pessoas capazes de se expressar de forma correta, pois o colaborador é visto como o cartão de visitas da companhia em que trabalha.

Encontrar candidatos qualificados tem sido um desafio para a maioria das corporações no Brasil. Um teste ortográfico com 30 palavras de uso cotidiano, realizado pela empresa de recrutamento e seleção Nube  que contou com a participação de 8.320 estudantes do ensino médio  indica quão grave é a situação no País. No total, 48% deles foram reprovados por errar a grafia de mais de seis palavras.

"Se a pessoa não domina nem o seu próprio idioma, dificilmente irá se destacar dentro de uma organização. Também não adianta querer falar inglês ou espanhol sem ter plena sabedoria sobre seu linguajar", destaca a gerente de treinamento, Carmen Alonso.

O próprio Nube tem dificuldades para encontrar profissionais adequados para compor sua equipe. Há oito meses, uma vaga para estagiário na área de jornalismo da empresa está em aberto, não preenchida pelo alto índice de reprovação no teste ortográfico. Trata-se de uma área em que se espera do candidato o domínio do idioma tanto escrito quanto falado. Não há como aceitar um profissional com esse tipo de deficiência, achando que, praticando a leitura, irá melhorar com o tempo, ressalta a gerente de recrutamento e seleção, Natália Caroline Varga.

Exigência básica
Apesar de em alguns cargos o uso correto da língua portuguesa ser uma exigência básica, em outras áreas isso também conta muito. Devido à velocidade da circulação das informações hoje em dia, em algum momento, qualquer profissional precisará escrever mensagens, elaborar relatórios e encaminhar e-mails para pessoas de diversos níveis hierárquicos, como também para fora da empresa.

Algo que tem atrapalhado muita gente na realização de tarefas desse tipo é o uso no trabalho da linguagem típica da internet. O ambiente profissional exige certa formalidade na comunicação. Dependendo do contexto, é preciso evitar o uso de gírias e palavras coloquiais. Em empresas mais informais isso não pesa tanto. Porém, cabe ao profissional ter bom senso, afirma Natália.

Ela lembra que o nervosismo comum em entrevistas ou dinâmicas de grupo pode levar algumas pessoas a se atrapalhar na pronúncia de certas palavras nessa hora. Mas, há candidatos que se expressam incorretamente mesmo. Muitas pessoas apresentam erros de concordância, não pronunciando o plural das palavras, por exemplo. Apesar de falar errado ser sempre complicado, selecionadores experientes conseguem diferenciar um caso do outro.

Falta de leitura
Para a selecionadora, o maior problema está mesmo na falta de leitura. O brasileiro não tem o hábito de ler nem mesmo jornais ou revistas. Muitas pessoas só leem uma coisa ou outra, rapidamente, pela internet, o que não agrega tanto. Percebemos que as pessoas têm um vocabulário muito pobre. Para melhorá-lo, a leitura é a melhor dica, orienta.

Fonte: Arca Universal


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